E.E.Monsenhor Florisval Montalvão
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SOBRE A NOSSA ESCOLA
A Escola Estadual Monsenhor Florisval Montalvão, Tipologia P045B2, Código 062642, localizada no distrito de Riacho da Cruz, Município de Januária, Minas Gerais, iniciou suas atividades em 02 (dois) de fevereiro de 1958 (um mil novecentos e cinquenta e oito. Diante da união de forças políticas e comunitárias, a comunidade teve a atitude sensata de dar um passo para criação de uma escola, no anseio de oferecer a educação as crianças do povoado. Recebeu Por meio de doação o terreno para a construção do prédio. Doação esta feita pelo Sr. Juvenal Ribeiro da Mota ,filho do senhor Lindolfo Carlos Ferreira, um dos primeiros habitantes da região. O prédio foi construído com duas salas de aula , uma cozinha e um galpão. Fundaram na com o nome de Escolas isoladas de Riacho da Cruz. A escola contava com 04 (quatro ) turmas da série primária e 04 (quatro) professoras: D. Nildete Ribeiro Almeida, D. Rocilda Silva, D. Maria Gonçalves da Mota e D. Maria Lopes de Oliveira.
Em 30 (trinta) de novembro de 1960 (um mil novecentos e sessenta), já com 06 (seis) turmas formadas e 240 (duzentos e quarenta) alunos, passou a ser denominada Escola Reunidas. Por se tratar de uma unidade de ensino que congregava diversas comunidades vizinhas como : Levinópolis, Agreste, Jatobá, Formosa, Alegre e Lagoinha. Em 26 (vinte e seis) de janeiro 1966,por meio do decreto nº 9497 de 26/01/1966 foi criada a escola estadual de ensino fundamental de 1ª (primeira) a 4ª (quarta) série primaria. Esta recebeu o nome de E.E. Monsenhor Florisval Montalvão .Além das turmas de primeira a quarta serie primária a escola atendia no noturno turmas do curso MOBRAL ( movimento brasileiro de alfabetização), destinado aos alunos com idade adulta, que não tiveram oportunidade de cursar o ensino regular na idade certa. Tendo como professor o senhor José Adonay Oliveira Porto.
Com o crescimento no contingente de alunos matriculados anualmente foi criada escolas anexas nas comunidades vizinhas de Alegre, Formosa e Caluzeiros sob a tutela da Monsenhor.
No dia 20(vinte) de março de 1975 (um mil novecentos e setenta e cinco),foi autorizada a extensão de série. 72 (setenta e dois) alunos se matricularam, formando 03 (três) turmas para cursar a 5ª série do ensino fundamental II.
Em 13 (treze) de dezembro de 1977 (um mil novecentos e setenta e sete) foi inaugurado o novo prédio da escola no mesmo endereço de funcionamento. Contando com 07 (sete) salas de aula, 01 (uma) secretaria, 01 (uma) sala de professores, 01 (uma) biblioteca, 01 (uma) sala para orientação de alunos, 01 (uma) cantina, 01 (uma) dispensa e 01 (um) galpão coberto.
No ano de 1978,a comunidade comemora a formação das primeira turmas
da 8ª oitava série do ensino fundamental. Um marco para a comunidade.
Em 1983 (um mil novecentos e oitenta e três), comemoramos os 25 (vinte e cinco) anos de existência, "Jubileu de Prata". A escola já contava 28 (vinte e oito) classes da educação infantil a 8ª (oitava) série do ensino fundamental, com um total de 940 (novecentos e quarenta) alunos matriculados, incluindo as escolas anexas, sendo 02 (duas) turmas na capela escola Rainha da Paz do povoado dos Caluzeiros, em salas essas construídas pelo padre Alfonso com fins de atender aos alunos provenientes daquela redondeza, mais 01 (uma) turma na comunidade de Alegre e 01 (uma) na comunidade de Formosa.
Em agosto de 1985 (um mil novecentos e oitenta e cinco), com a criação de novas escolas rurais pela SEE/MG ,houve o desmembramento das turmas anexas. Ficando a escola atendendo apenas alunos da própria comunidade e povoados vizinhos como Lagoinha, Fazenda Conceição, Linha e margem esquerda do Riacho da Cruz. Em 1987 (um mil novecentos e oitenta e sete), a escola passou a administrar novamente uma nova turma vinculada, agora na comunidade de Jatobá.
Em 23 (vinte e três) de março de 2000 (dois mil) por meio do decreto nº 41893/01 e o parecer 265/2000 foi criado o Ensino Médio Comum regular.
Já em dezembro de 2002 (dois mil e dois) a escola foi contemplada com a ampliação do prédio escolar,aumentando assim os espaços da biblioteca e do laboratório de ciências, construído 01 (um) refeitório, 01 (uma) sala de vídeo, 03 (três) salas de aulas e 01 (um) muro ao redor da escola. Sendo inaugurado em 27 (vinte e sete) de dezembro de 2003 (dois mil e três) com a ilustre presença do Sr. Secretário de Educação de Minas Gerais o Sr. Murilo Avellar Hingel.
No ano de 2008,por meio do decreto nº4567/2008 foi autorizado o curso na modalidade jovens e adultos para iniciar com a primeira turma de EJA do 1º ano do ensino médio, para alunos que não tiveram acesso na idade certa.
Ainda nesse ano a escola comemora em grande estilo o seu jubileu de ouro, festejando as conquistas de uma educação de qualidade para a sua população.
Em 2009 foi implantado na escola o Programa Escola de Tempo Integral autorizado pela Secretaria de Estado de Educação, por meio do decreto nº 4589/2009 onde demos início as atividades em espaços próprios. Programa contemplado na legislação brasileira, por intermédio da Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDBN que, em seu art. 34 prevê a perspectiva de Educação em Tempo Integral.
Em 3(três ) de setembro de 2012(dois Mil e Doze) Foi publicado no jornal oficial da união a representação da comunidade do Riacho da cruz como comunidade reminiscente de quilombo, tornando Escola Monsenhor Florisval Montalvão uma escola quilombola .Em 20 de novembro de 2012, foi publicada a Resolução Nº 8 do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica/ Ministério da Educação que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Pautado na disposição legal da Resolução citada a escola planejaria diversos momentos de capacitação dos profissionais, estudos e debates, a fim de atender os objetivos norteadores da Educação quilombola.
Em 2015 a Secretaria de Estado de Educação lança o Projeto "Virada Educação", estratégia de construção de um pacto da sociedade em defesa da melhoria da educação pública em Minas Gerais. A Secretaria com intuito de fortalecer as ações da Virada Educação lançou a proposta de ação coletiva para as escolas estaduais de Minas Gerais. Que objetiva a construção do conhecimento, na perspectiva da educação integral dos estudantes, bem como, a transformação do ambiente escolar no espaço mais democrático de formação e troca de experiências.
No ano de 2016 a escola iniciou as atividades do Programa Escola Aberta, conforme Resolução CD/FNDE n.º 052, de 25 de outubro de 2004 e Oficio Circular SEE/MG nº 174/2015 que orienta sobre a adesão ao Programa. O Programa Escola Aberta instituído pelo Ministério da Educação/MEC, tendo como principal objetivo "Apoiar o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas, de lazer, nos finais de semana nas escolas públicas da Educação Básica." O Programa incentiva a abertura das escolas nos finais de semana, localizadas em territórios de vulnerabilidade social, onde a oferta de espaços de lazer e cultura é escasso, sendo a escola na maioria das vezes, a referência do poder público na comunidade. O que a torna um espaço de garantia de um conjunto de direitos sociais. Por inconsistência de recursos financeiros o programa foi encerrado no final do primeiro semestre de 2016.
No ano de 2019 a escola iniciou o ano letivo com a festa em comemoração aos 60 (sessenta anos) de um serviço prestado a comunidade no exercício de suas atividades voltado para a inclusão e defesa dos direitos humanos e dignidade por meio da educação.
Em 2020, a escola inicia um novo regime de atividades não presenciais (REANP) que se consolida por tempo indeterminado por conta da pandemia. Regime esse que faz uso dos meios tecnológicos informacionais como recursos básicos para interação que permeia o processo educacional.
Dirigiram esta escola os seguintes profissionais da educação ,nos respectivos períodos: Ilva Figueiredo Porto e vice-diretora Maria Lopes de Oliveira.
Nessa etapa de 61(sessenta e um) anos, dirigiram este educandário os seguintes profissionais da educação, nos respectivos períodos:
D.Rocilda Ribeiro da Silva 1958 a 1959.
D. Ilva Figueiredo Porto de 1959 a 1983.
Conceição Moura de 1984 a 1985.
Com base no regime vigente da época, a ditadura, esses gestores assumiram a direção do educandário por indicação política.
Mesmo com a instauração do regime democrático ainda tivemos uma diretora indicada.
Juvenice Alves Coutinho que exerceu o cargo de 1986 a 1999.
Já com a promulgação da legislação emanadas da SEE/MG ,que regulamenta o regime democrático nas escolas estaduais, inicia se o processo de eleição de diretor de escolas pela comunidade escolar .
O primeiro diretor eleito pela comunidade foi o ex aluno António Fidélis de Moura Lopes que dirigiu a escola de 1990 a 1996 .
Ieda Soares de Mota, de 1997 a 2004 .
Maria Aparecida Gomes Gonçalves de 2005 a 2011.
Em 2012 assume a escola a ex aluna Débora Laís Mota Soares que se encontra gestora até os dias atuais.
Atualmente a estrutura física da Escola Estadual Monsenhor Florisval Montalvão, encontra-se com instalações em condições de funcionamento razoáveis . Inexiste espaço adequado para realização das atividades de Educação Física. A quadra poliesportiva se encontra em fase de construção. Dispomos de uma biblioteca escolar necessitando de um acervo suplementar. Um Laboratório de informática com aparelhos insuficientes para atendimento as necessidade dos alunos e professores.Uma sala de professores e outa para EEB de tamanho insuficiente para atuação da equipe pedagógica, Uma sala de direção, uma secretaria com espaço pequeno para a demanda. 10 salas de aulas, um auditório e uma cantina com refeitório.
Mesmo tendo em vista as reformas realizadas e o gerenciamento da rede física pela equipe gestora da escola a mesma ainda carece de reformas de maneira geral para melhor realização das atividades pedagógicas e atendimento digno aos alunos.
Comemorando 61 anos de atuação na educação pública de Minas Gerais, a escola estadual Monsenhor Florisval Montalvão cumpre seu papel,pautada no comprometimento com uma educação transformadora baseada nos princípios legais Com mais de seis décadas de existência e atuação a mesma galga os degraus do progresso, perpassando da pequena escola isolada a escola reunidas, sendo hoje a E.E.Monsenhor Florisval Montalvão,escola inclusiva ,integral e integrada de curso fundamental a ensino médio regular e técnico profissionalizante.
MARCO FILOSÓFICO
A escola deve também desenvolver conhecimentos, capacidades e qualidades para o exercício autônomo, consciente e crítico da cidadania. Na nova realidade social, hoje se aprende na rua, na televisão, no computador ou em qualquer lugar. Ou seja, ampliaram-se os espaços educativos, o que não significa o fim da escola, mas que esta deve se reestruturar de forma a atender as demandas das transformações. Nossos alunos precisam chegar ao futuro munidos de habilidades que os farão bem-sucedidos no terceiro milênio, e não equipados para o mundo de ontem em que nós crescemos. É perceptível que o saber científico e a busca pelo conhecimento têm fugido do interesse da comunidade atendida. A escola nesse contexto tem por opção repensar suas ações e o seu papel no aprimoramento do saber, e para isso, uma reflexão sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a adequar-se ao momento atual e principalmente colocar-se na postura de organização principal e mais importante na evolução dos princípios fundamentais de uma comunidade rural quilombola. Dowbor (1998, p.259) sobre essa temática diz que será preciso trabalhar em dois tempos: O tempo do passado (resgate da cultura) e o tempo do futuro. Fazer tudo hoje para superar as condições do atraso e ao mesmo tempo criar as condições para aproveitar amanhã as possibilidades das novas tecnologias e formar a prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual. Bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea. Assim, precisa-se ter como premissa a necessidade de uma reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento intelectual que o motivará a participar do processo de desenvolvimento intelectual e social, não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas que favoreçam esse processo. Durante as últimas décadas vem sido discutido a incorporação da cultura no processo de ensino-aprendizagem, com relação à temática Bourdieu afirma que "a cultura é o conteúdo substancial da educação". Embasados na ideia de que a cultura é um elemento que nutre todo o processo educacional e que tem um papel de suma importância na formação de um indivíduo crítico e socializado é que nós educadores da Escola Estadual Monsenhor Florisval Montalvão, devemos dar continuidade a inclusão da cultura quilombola no currículo escolar. Fazendo-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo. A apropriação do conhecimento é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura crítica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental. Os fins da educação escolar não podem ser apenas de buscar boas notas, mas sim de fazer da comunidade ou do mundo um lugar melhor para se viver. Para tanto, embasados em um novo currículo, são necessárias novas perspectivas no uso da tecnologia. Os professores precisam ser capacitados para desempenhar seu papel num ambiente harmonioso provindo de uma gestão democrática e participativa. Deste modo, defendemos uma educação multicultural que busca questionar a incorporação de pressupostos curriculares cooperativos para que assim o ambiente escolar se torne favorável aos alunos de todos os grupos sociais, étnicos e culturais.